O governador Ronaldo Caiado alertou, nesta segunda-feira (27/10), que o país não irá resistir a mais um mandato do presidente Lula (PT), com os constantes aumentos dos gastos públicos e a alta carga tributária, durante reunião com representantes da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) e do Centro Industrial do Rio de Janeiro (CIRJ), na capital fluminense. “Um governo Lula 4 seria igual à Dilma 2, ou seja, quebrou empresas e deixou 4 milhões de brasileiros desempregados. Esse colapso vem em decorrência da situação que está acontecendo no Brasil hoje, esse desrespeito do arcabouço fiscal”, explicou o governador, que é pré-candidato à presidência da República.
Com dados do Tesouro Nacional e do Banco Central, Caiado alertou para o avanço da carga tributária federal, que já ultrapassa 32% do Produto Interno Bruto (PIB), e para o descompasso entre arrecadação e produtividade. “Os estados e municípios mantêm equilíbrio, mas o governo federal concentra poder e impostos, drenando recursos da sociedade para sustentar uma máquina cada vez mais cara e ineficiente", explicou o governador aos empresários cariocas.
Segundo Caiado, Lula está assumindo compromissos fora do orçamento em ano eleitoral para orientar as ações de incentivo e de isenções, com o objetivo de modular os setores que tem mais aprovação e atingir esse “universo nas suas políticas de governo”. “Há um crescimento do gasto público. Nós estamos chegando hoje na (relação) dívida/PIB com a previsão de chegar a 94% em alguns anos, enquanto a nossa capacidade de crescimento chega em torno de 28%. Ao mesmo tempo, há hoje o descompasso do financiamento do setor público, chegando a quase R$ 1 trilhão”, afirmou.
O governador de Goiás ressaltou que não houve uma crise mundial quando a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) estava à frente do país, uma vez que todas as economias estavam emergentes. “A crise da Dilma foi uma crise provocada por irresponsabilidades do primeiro mandato. Então, é uma colheita que se tem de uma irresponsabilidade para chegar a uma eleição”, afirmou Caiado ao explicar que os “exageros e excessos” que provocaram o desemprego de 4 milhões de brasileiros tornarão o “Lula 4 em uma Dilma 2”. Dilma foi eleita em 2010 e reeleita em 2014. Dois anos depois, em 2016, sofreu impeachment.
Caiado destacou que esse rebote não vai acontecer até as eleições, somente depois. “Tivemos aquelas crises em que o Brasil teve uma situação de dívida/PIB muito alta, como foi na pandemia e na crise imobiliária americana. Agora, em menos de três anos o Brasil sai de uma projeção do endividamento do Estado de 72% para chegar em torno de 84% no ano que vem", reforçou em tom de alerta sobre a situação fiscal do país.