POR NOTÍCI@PURA | Divino Olávio
Só Zé Eliton elogiou aliança MDB-PSDB, defendida por Maguito Vilela
Se a intenção de Maguito Vilela ao admitir aliança entre os pré-candidatos Zé Eliton e Daniel Vilela, respectivamente do PSDB e MDB, era o fortalecimento do projeto desse último, o resultado foi o inverso. As reações entre os emedebistas se dividiram entre os atônitos e os que acharam ter sido essa uma análise daquelas que não devem ser levadas ao pé da letra.
Mais uma declaração de Maguito Vilela, igual a essa, e a pré-candidatura de Daniel Vilela “derrete” prematuramente, previu um importante membro da chamada “velha guarda” do MDB, que diz estar na torcida pela viabilidade do projeto do correligionário. A pré-campanha de Daniel Vilela já vem atravessando uma fase difícil, em decorrência da aridez de partidos com disposição em se aliarem a ela.
E a declaração de Maguito parece ter encontrado eco pelo menos junto ao governador Zé Eliton, que já sinaliza boa receptividade. Em nota à Coluna Giro, de O Popular de terça-feira, o tucano adiantou que não só concorda com a análise de Maguito Vilela, da necessidade de haver conversas com todos os partidos, como disse estar “aberto a conversar” sobre a aliança entre o PSDB e MDB.
Mas na hipótese de os dois partidos caminharem na direção de uma aliança, não custa lembrar que, pela legislação eleitoral vigente, Zé Eliton, hoje, só pode ser candidato à reeleição. Ao deputado Daniel haveria apenas duas opções de posições na chapa da base: compor a vice ou se candidatar a uma das duas vagas para o Senado. Uma terceira opção na chapa da base, que Daniel certamente não aceitaria sequer discutir, seria a primeira suplência de um dos candidatos ao Senado.
Iso Moreira
O deputado Iso Moreira (DEM) vem mobilizando amigos e eleitores, desde ontem, para uma reunião de lideranças políticas com o pré-candidato Ronaldo Caiado (DEM) e o senador democrata, Wilder Morais. Será na residência de Wilder, no Setor Marista, a partir das 9 horas.
Mais pressionado
Entre as pré-candidaturas dos três principais partidos – DEM, MDB e PSDB -, a de Daniel Vilela é a que sofre maior pressão no momento. Terceira colocada na pesquisa Serpes divulgada em nove de abril, com 6,2% das intenções de voto na modalidade estimulada, a pré-candidatura de Daniel Vilela ainda não decolou, embora ele já esteja desenvolvendo atividade de pré-campanha Estado afora há vários meses.
Carreira vitoriosa
Dono de uma carreira bem sucedida até aqui, com as vitórias nas três eleições que disputou – vereador em Goiânia, deputado estadual e deputado federal -, Daniel Vilela, no entanto, ainda não conseguiu sensibilizar outros partidos a compor aliança com o seu partido, o MDB. Na chamada “janela”, período entre sete de março e sete de abril, para mudança de partido sem o risco de perder o mandato, Daniel recebeu a adesão de apenas um deputado estadual, Humberto Aidar, procedente do PT.
Máquina que dá votos
As pressões sobre o pré-candidato do MDB ocorrem porque ele se encontra de certa forma imprensado entre o primeiro colocado na pesquisa, o democrata Ronaldo Caiado, com quase 40% das intenções de voto na pesquisa estimulada, segundo o Instituto Serpes e o segundo, o tucano Zé Eliton, que disputa a reeleição. Eliton, pelo menos em tese, possui melhores condições de crescer nas pesquisas nos próximos meses, pela força da máquina do Estado que, se bem gerida, se transforma fácil em ‘indústria’ de votos, no atendimento a pequenas demandas Estado afora. São pequenas obras de pavimentação ou reparos, recuperação de pontes, ruas e praças, reformas de escolas e a força de programas sociais como Bolsa-Escola, Renda Cidadã, Cheques moradias e outros, que resultam em votos. Sem contar nomeações.
Risco de ultimato
Um importante líder do MDB, que sempre esteve com Daniel, previu há pouco mais de uma semana que se o pré-candidato não atingir pelo menos 20% das intenções de voto nas pesquisas até mês de julho, que a maioria dos prefeitos do partido mudará de candidato. E aí fica a pergunta: Com qual estratégia o deputado Daniel conta para crescer 14 pontos na pesquisa, nos próximos 60 dias?
OAB-GO
Qualquer campanha na OAB-GO “pega fogo”, seja pela eleição da nova diretoria, seja para qualquer outro posto, os diversos grupos em disputa. Um exemplo é o que acontece agora, com a escolha da Lista Sêxtupla da qual sairá o próximo desembargador do Tribunal de Justiça do Estado, no próximo dia 18. O debate ganha as ruas, ou as lanchonetes, bares e choperias, melhor dizendo.
“A vaga que queremos” 1
E foi em uma roda de advogados num papo pra lá de animado, no feriadão, entre um gole de chope e a mordida num apetitoso queijo mineiro, que um dos participantes criticava a atual diretoria da OAB-GO, por fechar questão em torno de nomes dos candidatos da qual será escolhida a lista sêxtupla da qual um deles será indicado o próximo desembargador. “Concorrentes sérios são barrados, enquanto que uma conselheira banca o maridão”, disparou um comensal, com a concordância tática dos demais.
“A vaga que queremos” 2
O profissional lamentou que na atual diretoria da OABGO, haja quem adote prática semelhante às adotadas pelos ministros do STF, Luís Fux e Marco Aurélio Melo, que tiveram as filhas nomeadas desembargadoras no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. A referência no caso goiano era a conselheira Daniela Grangeira Ferreira Kafuri, cujo marido Alexandre de Morais Kafuri, foi indicado um dos candidatos dentre os quais será escolhida a lista sêxtupla. A coluna tentou ouvir a conselheira Daniele Kafuri, já no começo da noite de ontem, mas os seus números não atenderam. O espaço está aberto para que, caso queira, ela possa responder às críticas.
PRP pode (?) ir de Daniel
Crescem as especulações de que o PRP fará aliança com o MDB de Daniel Vilela, pré-candidato a governador. Caso se confirme, o vereador Jorge Kajuru, que responde pelo partido no momento, juntamente com o deputado Major Araújo, deverá disputar uma das vagas para o Senado. Em declarações feitas na semana passada, Kajuru não descarta essa possibilidade e admitiu conversas nesse sentido.
Criminalista busca mandato
A bancada goiana na Câmara Federal a ser eleita nesse ano poderá contar com a presença de mais duas mulheres, a atual primeira-dama de Goiânia, Iris de Araújo (MDB) e a advogada criminalista, Wdineia Pereira de Oliveira, também do (MDB). Graduada pela Faculdade Objetivo, em 2009, e pós-graduada em Criminologia, em 2011, e Direito Constitucional, em 2012, pela Rede Anhanguera, Widineia (foto) atua na cidade de Rio Verde, onde está à frente de um movimentado escritório. Essa será a sua primeira experiência eleitoral. Mas o ânimo em relação ao resultado é o melhor possível, segundo ela.
Fotos: Irani Inácio de Lima / Divulgação
Texto: Divino Olávio
