Logomarca
Nublado
º
min º max º
CapaJornal
Versão Impressa Leia Agora
Sábado. 20/04/2024
Facebook Twitter Instagram
COLUNISTAS

BLOG DO JLB | José Luiz Bittencourt

POLÍTICA

Momento Político - 27 De Julho De 2020

27/07/2020 às 10h22


POR BLOG DO JLB | José Luiz Bittencourt

facebook twitter whatsapp

CENÁRIO ELEITORAL CAMINHA PARA ESTABILIZAÇÃO EM APARECIDA E ANÁPOLIS, A FAVOR DE GUSTAVO MENDANHA E ROBERTO NAVES

Aparecida e Anápolis, os dois maiores colégios eleitorais do Estado, com exceção de Goiânia, o primeiro passando de 300 mil votantes e o segundo quase chegando nesse número, parecem contar hoje com um cenário político estabilizado que não promete surpresas ou novidades em 15 de novembro próximo. É notório o favoritismo de Gustavo Mendanha, do MDB, em Aparecida, que só pode ser derrubado mediante uma catástrofe de última hora ou algum fato realmente novo e mobilizador da população. Em Anápolis, Roberto Naves, do PP, teve a cotação elevada com a desistência do deputado estadual Antônio Gomide, do PT, que seria a aposta mais segura do pleito deste ano, dentre todos os municípios goianos, mais que Iris Rezende em Goiânia, porém foi obrigado a se afastar devido a complicações oriundas de cirurgias no rosto. Esse drama pessoal modificou as expectativas e criou um vazio eleitoral que, é claro, só beneficia o atual ocupante do cargo de prefeito – e entregou a faca e o queijo nas mãos de Roberto Naves. Voltando a Aparecida, Gustavo Mendanha, um operador qualificado da política local (que tem futuro no quadro estadual), agregou a maioria das lideranças locais e agora está fechando o apoio do único aliado de peso que ele ainda não tinha, o PSD, que deverá ficar com a vaga de vice na sua chapa com a manutenção de Veter Martins na posição, com o aval do presidente estadual Vilmar Rocha e do senador Vanderlan Cardoso.

 NOVO INSTITUTO DE PESQUISAS CONSOLIDA AS POUCOS A SUA CREDIBILIDADE

O instituto de FoxMappin, integrado ao jornal O Hoje, está consolidando aos poucos a sua credibilidade – que só vem com algum tempo e com pesquisas que são confirmadas pela marcha dos acontecimentos. Dentre os levantamentos publicados até agora, dois chamam a atenção: um, apontando para uma aprovação de 65% para as ações do governador Ronaldo Caiado na condução da crise do novo coronavírus, realizada em junho, e, outra, mais recente, revelando uma preocupante rejeição de quase 60% para o prefeito Iris Rezende e uma desaprovação elevada, na faixa dos 58%, para o modo como administrou a reação do Paço Municipal à Covid-19.

 BALANÇA, BALANÇA, MAS NÃO CAI: VÍTOR HUGO CONTINUA NA CORDA BAMBA

O deputado federal Vitor Hugo continua sendo humilhado pelo presidente Jair Bolsonaro, que ora estimula notícias sobre a sua substituição na liderança do governo na Câmara (dessa vez, pelo colega Ricardo Barros, do PP do Paraná e indicado pelo Centrão amigo), ora faz declarações elogiando a sua atuação e fidelidade. Vítor Hugo finge que não vê ou não sabe, enquanto sangra em praça pública com especulação correndo solta sobre o seu afastamento. Nas redes sociais, ninguém elogia mais e rasgadamente Bolsonaro do que ele. Muito já se escreveu ou se falou sobre a queda do parlamentar goiano, que, mesmo balançando, balançando, nunca cai. Agora, contudo, chegou-se a um impasse. O presidente precisa desesperadamente estabelecer pontes com o Congresso e Vítor Hugo, com a sua inexperiência e inabilidade, é um empecilho à espera de remoção urgente.

 SONHO DE CONSUMO DE MAGUITO, CANDIDATURA PARA O LUGAR DE IRIS TEM PROBLEMAS

Tem algo estranho com a situação jurídica do ex-prefeito de Aparecida Maguito Vilela. Ele responde a mais de uma dezena de processos por improbidade e já foi condenado em alguns, em um pelo menos em 2ª instância, o que o enquadra na Lei da Ficha Limpa e impede a candidatura com que sonha – para o lugar de Iris Rezende em Goiânia. Maguito explica que apelou, o que suspende os efeitos da sentença, mas não a sua qualificação como ficha suja e consequente inelegibilidade por 8 anos. A lei é clara: basta a apenação em 2ª instância, exarada por colegiado de 3 ou mais juízes, para a proibição do registro de candidatura a postos eletivos por 8 anos. Eventuais recursos não afetam essa consequência da sentença de 2º grau, exatamente o que aconteceu com o ex-presidente Lula, hoje sem condições legais para disputar eleições.

TONINHO PERILLO ANUNCIA CANDIDATURA DE MARCONI A GOVERNADOR EM 2022

Irmão do ex-governador Marconi Perillo, o empresário Toninho Perillo anuncia aos quatro ventos que a eleição de 2022 marcará a volta do maior líder do PSDB em Goiás, mas não disputando, como se prevê, uma vaga de deputado federal. Segundo o mano, Marconi será candidato a governador, nada menos. Relações fraternas à parte, trata-se de um prognóstico meio que irrealizável, seja por inviabilidade eleitoral, já que até lá dificilmente terá passada a onda negativa de oprime tanto o ex-governador quanto o partido, seja por razões jurídicas, uma vez que não se pode afastar a possibilidade de condenação em 2 instâncias em qualquer um das mais de 4 dezenas de processos em que Marconi é réu por corrupção ou improbidade.

SAIA JUSTA DENTRO DA BASE GOVERNISTA: TEJOTA CONTRA CAIADO EM GOIÂNIA

Vem aí uma saia justa dentro da base de apoio ao governador Ronaldo Caiado: caso venha mesmo a ser lançado como candidato do Cidadania a prefeito de Goiânia, o deputado estadual Virmondes Cruvinel aguardará o apoio do vice-governador Lincoln Tejota, presidente estadual do partido, que não acompanharia a definição de Caiado e das forças políticas governistas pela reeleição de Iris Rezende. Ou seja: com o governador numa canoa, Tejota embarcaria em outra e pior ainda se alinhando a um parlamentar que não figura na bancada do Palácio das Esmeraldas na Assembleia e, se não oposicionista, pelo menos ajutodeclarado como independente. O vice tem se desdobrado na defesa de um certo pluralismo na orientação política do governo estadual e garante que a base pode, sim, se dividir democraticamente em candidatos antagônicos nos municípios, so que isso, se é bonito no discurso, perde completamente a viabilidade assim que a campanha começa e a natural troca de ataques se intensifica.

EM RESUMO

  • Pegou mal para Alessandro Molon, ao deixar a Secretaria Municipal de Finanças, alegar que deixou R$ 650 milhões no caixa. É que, antes, ele vivia reclamando de aperto em razão da crise do novo coronavírus. Mentiu?

 

  • O PSD de Aparecida fez uma videoconferência nesta semana com o presidente Vilmar Rocha, o senador Vanderlan Cardoso e o deputado federal Francisco Jr.. E quem participou? O prefeito Gustavo Mendanha, do MDB.

 

  • A coluna Giro, em O Popular, ouve opiniões políticas de Jorcelino Braga como presidente do Patriotas, o que ele é, mas, na verdade, atuando muito mais como marqueteiro e portanto interessado em vender seus clientes.

 

  • O suplente de deputado estadual Francisco Oliveira, do PSDB, vai se mudar para Luziânia para ajudar na campanha de Diego Sorgatto a prefeito. Se ele for eleito, Chiquinho assume a sua cadeira na Assembleia.

 

  • O governador Ronaldo Caiado acaba de registrar um feito notável: 15 meses sem a ocorrência de assaltos a bancos ou explosões de caixas eletrônicas, que eram rotina em Goiás na época dos governos do PSDB.

 

  • A pesquisa do instituto Paraná divulgada na semana passada traz um dado inquietante para os políticos de Goiás que buscam se identificar com o presidente Jair Bolsonaro: ele é desaprovado por mais de 48% da população.

 

  • Revelando uma inusitada verve humorística, o prefeito Iris Rezende desdenhou das críticas quanto a falta de aplicação das verbas federais contra a Covid-19 que Goiânia recebeu: “Nunca vi adversário elogiar”. E é verdade.

 

  • O ex-deputado estadual e 1º suplente de deputado federal Jean Carlo, que deixou o PSDB e se filiou ao DEM, está a um passo de anunciar a sua candidatura a prefeito de Itaberaí, sua terra natal. Com chances de sucesso.

 

  • Na entrevista da semana passada a O Popular, o ex-prefeito de Aparecida Maguito Vilela foi tratado como 1º suplente do senador Vanderlan Cardoso, o que não é. O posto petence ao ex-deputado federal Pedro Chaves.