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BLOG DO JLB | José Luiz Bittencourt

POLÍTICA

Coluna Momento Político - 25 De Novembro De 2021

25/11/2021 às 10h03


POR BLOG DO JLB | José Luiz Bittencourt

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MUTIRÃO IRIS REZENDE ELEVA À ENÉSIMA POTÊNCIA A CAPACIDADE POLÍTICA E ADMINISTRATIVA DE CAIADO

Os mutirões que tanto marcaram as administrações de Iris Rezende na prefeitura de Goiânia e até no governo do Estado voltaram à ordem do dia. O governador Ronaldo Caiado, em uma boa tacada de estratégia também eleitoral, os converteu em política pública, transformando pela primeira vez esse modelo de mobilização popular em programa oficial de uma gestão, devidamente institucionalizado com o nome de Mutirão Iris Rezende. A 1ª edição já ocorreu em Goiânia, na região Noroeste, e foi um sucesso, não sendo exagero calcular que pelas tendas armadas para oferecer serviços públicos, na avenida Mangalô, passaram mais de 100 mil pessoas – já que foram registrados algo além de 70 mil atendimentos. Sim, o mutirão facilita o acesso da população à máquina administrativa estadual, por um lado, mas tem, por outro lado, o efeito de aproximar governante e governados, em uma interação que é positiva para a sociedade e seus segmentos menos incluídos, não há dúvidas. Caiado elevou essa ideia à enésima potência, jogando com o poder quase que sem limites da máquina administrativa sob seu comando.

MENDANHA PERDEU O TIMING E AGORA CORRE O RISCO DE SER MAL COMPARADO

O prefeito de Aparecida Gustavo Mendanha escorregou ao perder o timing para também lançar o seu modelozinho de mutirão, intitulado Prefeitura em Ação: depois que o governador Ronaldo Caiado instituiu o Mutirão Iris Rezende, ele correu atrás e resolveu promover a sua cópia em Aparecida, candidatando-se ao risco de ser comparado com o governo e perder por léguas de distância. Nenhuma prefeitura, a não ser a de Goiânia, com Iris e mesmo assim em parceria com o governo estadual, é capaz de oferecer para a população um mutirão realmente completo quanto a oferta de serviços públicos e oportunidades. O de Mendanha, em Aparecida, que será realizado antes do Mutirão Iris Rezende, este marcado para os dias 11 e 12 de dezembro, e só vai mostrar o acanhamento da esfera municipal para realmente mobilizar as pessoas que moram nas redondezas. É tiro no pé, que mostra o quanto o prefeito é mal assessorado – contando com uma equipe absolutamente abaixo das necessidades estratégicas para quem se imagina em pré-campanha para uma eleição como a de governador. Mendanha está sozinho, cada vez mais enfraquecido, brincando de fazer política em uma arena competitiva onde só os fortes vencem. 

BOLSONARO NO PL COMPLICA AS COISAS PARA A DEPUTADA MAGDA MOFATTO

Com a confirmação da filiação do presidente Jair Bolsonaro ao PL, no próximo dia 30, as coisas se complicam em Goiás, onde os bolsonaristas liderados pelo deputado federal Major Vitor Hugo se preparam para assumir o comando do diretório regional da legenda – dando um chega pra lá na deputada federal Magda Mofatto, atual proprietária da sigla no Estado. Magda, diz Major Vitor Hugo, se precipitou ao antecipar anúncio à pré-candidatura de Gustavo Mendanha, que o grupo ligado ao presidente vê como inapropriado do ponto de vista ideológico e de preparo político. A rejeição a ele, dentro do bolsonarismo estadual, é uma unanimidade. Para Mendanha, a notícia é péssima porque o PL, até agora, figurava como o único partido a oferecer respaldo para o seu projeto de disputar as eleições de 2022. A esperança do prefeito é uma reação da deputada, que também é bolsonarista de raiz e poderia, quem sabe, convencer o presidente a aceitar uma outra candidatura que não a do Major Vitor Hugo (sim, ele é pré-candidato a governador e está animadíssimo com a hipótese).

FORTIORI, DIAGNÓSTICO E GRUPOM ERRARAM FEIO NAS ELEIÇÕES PARA A OAB-GO

As eleições para a OAB-GO, vencidas por Rafael Lara, deixaram um rastro de destruição entre os institutos de pesquisas que se envolveram na campanha. O grande vitorioso foi o Serpes, com seis pesquisas prenunciando o resultado e ainda acertando em cheio no levantamento publicado às vésperas da votação. Derrotados, saíram o Fortiori, o Diagnóstico e o Grupom, que encheram a mídia de índices favoráveis ao candidato Pedro Paulo Medeiros e sempre garantiram que Rafael Lara perderia. Deram com os burros n’água e emergem do episódio sob suspeita de manipulação de resultados para atender aos interesses eleitoreiros de PP. Este, aliás, confiando na eficácia do Fortiori, comprou 20 barris de chope e comes à vontade para a festa de comemoração, logo após a apuração. Com a frustração, todo esse aparato será agora usado em uma confraternização de Natal para quem participou da campanha fracassada.

PROGRAMA MÃES DE GOIÁS É MELHOR QUE O AUXÍLIO BRASIL DE BOLSONARO

Enquanto o Auxílio Brasil do presidente Jair Bolsonaro, que vai substituir a Bolsa Família, não tem sustentação fiscal e só vai durar o curso do ano que vem, além de quase impossível de executar e desconjuntado, o Mães de Goiás do governador Ronaldo Caiado vai no sentido contrário e recebe elogios em razão da simplificação de procedimentos e elevado raio de alcance – em marcha acelerada para beneficiar 100 mil famílias por esse Goiás afora. Um veículo da imprensa nacional está preparando uma reportagem comparando os dois programas, com ampla vantagem para o que começa a ser implantado por Caiado. Ao contrário do Mães de Goiás, que tem regras claras e financiamento orçamento claro e definido, o Auxílio Brasil será provisório e tem escopo claramente eleitoral, como última tentativa para tornar possível o impossível, ou seja, a reeleição de Bolsonaro.

ADRIETY ELIAS NÃO VAI MAIS PARA A SECRETARIA ESTADUAL DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL

Um pouco estranho depois que foi severamente acometido pela Covid-19 e chegou a ser intubado em São Paulo, o prefeito de Catalão Adib Elias decidiu não aceitar a indicação da sua mulher, a ex-deputada Adriety Elias, para a Secretaria estadual de Desenvolvimento Social. Adib está a caminho de se recompor com o presidente estadual do MDB Daniel Vilela, que o expulsou do partido, ou pelo menos deixar de considerar esse incômodo do passado como impeditivo para o seu apoio á reeleição do governador Ronaldo Caiado. Desde que aliança DEM-MDB foi anunciada e logo aprofundada com a indicação de Daniel para vice de Caiado, o prefeito catalano mergulho em obsequioso silêncio. Mesmo fortemente pressionado por jornalistas de O Popular, recusou-se a dar declarações que pudessem perturbar a estabilidade da base política governista.

EM RESUMO

  • O PSDB estadual mostra que não se envergonha com a falta de representatividade dos seus encontros regionais e vai promover mais um sábado, 27, em Guapó, terra do conselheiro do TCM Sérgio Cardoso.

 

  • As reuniões dos tucanos nos municípios, até agora, só serviram para mostrar a fragilidade do partido, que ainda não se reergueu das catastróficas derrotas de 2018 e 2020 e dificilmente vai conseguir.

 

  • As redes sociais do deputado federal Major Vitor Hugo estão inundadas de manifestações dele e de apoiadores quanto a sua pré-candidatura a governador de Goiás. O entusiasmo é crescente.

 

  • Major Vitor Hugo arrumou até um slogan: ele se autodenomina “xerife do povo”, em alusão ao seu currículo militar, embora não tenha nenhuma contribuição para a política de segurança em Goiás.

 

  • O fiasco das prévias do PSDB mostra que o partido, nacional e estadualmente, está inviabilizado e destinado a papel secundário ou terciário nas eleições de 2022, para presidente e para governador.

 

  • O marketing do prefeito Gustavo Mendanha prepara levantamento para mostrar, nas redes sociais, que Daniel Vilela, quando deputado federal, levou uma mixaria em emendas orçamentárias para Aparecida.

 

  • A ideia é deixar claro que os atuais deputados federais Glaustin Fokus e Prof. Alcides encaminharam muito mais recursos para Aparecida, em dois anos e meio de mandato, do que o filho de Maguito Vilela.

 

  • Dois pré-candidatos ao Senado – João Campos e Alexandre Baldy – mostram notável inconsistência política ao admitir sair candidatos em qualquer chapa. Isso mesmo: qualquer uma serve.

 

  • O Republicanos deve se fechar para Gustavo Mendanha: se ele sair para governador e perder, já admitiu que concorrerá a prefeito de Goiânia em 2024. Rogério Cruz não vai fortalecer um possível adversário.